segunda-feira, outubro 20, 2008

O dia a dia do professor brasileiro (história verídica)

Aconteceu no Recife...

"Preciso narrar a história verídica que comigo acaba de ocorrer. Menos dramática que a menina de Santo André que morreu (a bichinha!). Eram 03:50 da manhã qdo começo a me locomover, ebriamente, para o cais de Santa Rita, eu jurava que a passagem de ônibus era metade do preço, pois já era domingo. Subo no Cdu-Várzea bacurau e quando vou passar pela borboleta, o cobrador reclama que a passsagem é 1.75. Eu tinha dado uma moeda de 1 real e ainda esperava troco. Aí eu contei minhas míseras moedas e juntas, somavam 1.60. O cobrador disse que eu não podia passar por 1.60. Interlúdio: A noite foi linda, adorei meus amigos, enebriantes belas senhoritas. Enfim, tava tudo nota 7,5. Aí o cobrador pediu que se eu não tivesse o dinheiro completo da passagem eu teria que descer. Sentei no banco dos idosos e gestantes e pensei que daria os 1.60 e desceria pela frente e o cobra e o motô ainda ganhariam o trocado do guaraná. Mas, o cobrador estava disposto a fazer justiça e manter a lei, era um brasileiro honesto e respeitável! O cobrador pediu que eu descesse do ônibus, porque faltavam 15 centavos pra completar a passagem. Argumentei que ele ficasse calmo, que seria fuleragem me deixar no cais de Santa Rita, as 4 da manhã por causa de 15 centavos!! Entretanto, o cobrador estava irrelutável e disse que ia chamar a polícia. Até que um nobre senhor, me deu 15 centavos em 3 moedas de 5 centavos. Agradeci ao nobre senhor e tão irado que eu tava, gritei: "Olha aí, seu filho da puta, conta essa merda aí prá ver se tá certo!" E atirei as moedas todas na cara dele, atravessei a borboleta e continuei a esbravejar. Seu merda, filho da puta, chama a polícia agora, seu filho da puta. Você sabe quem sou eu? (soem os tambores!) Eu gritei: eu sou um professor!!! (hahahahahahahaha). O cobrador disse: Tu é um liso! Eu continuei o bate-boca dizendo: que se eu eu era liso é porque não roubava e etc.

Aí fiquei em pé e gritando: chama a polícia seu filha da puta, comecei a esmurrar a prateleira do cobrador, dizendo que era por causa de gente merda q nem ele q o brasil é essa merda ainda maior que ele. Baixaria. Cospi no pé dele. ele não tava armado, logicamente. Mas, se tivesse, ia se atracar comigo, porque eu tava coms sangue nos olhos. Eu jurava que essa seria a volta pra casa de um dia normal. Amanha me lembrarei de mais coisas, eu acho."

"Um liso", meus senhores... "um liso!" Eis a visão que o cobrador de ônibus tem do profissional da educação...

Publicado sem autorização do autor

14 comentários:

  1. Anônimo11:35 AM

    aí a gente pode pensar num fim alternativo:
    o cobrador, pra não ser fuleiro, deixa o cara ficar na frente e fica com a graninha suada do professor, o que sobrou da cachaça.
    aí tem uma câmera no ônibus, o chefe vê a negociação, e o cobrador gente-boa perde o emprego porque o professor não se lembrou de tomar uma latinha a menos pra garantir a passagem... é impossível pensar assim?
    é muito engraçada essa situação, quando a pessoa que está agindo conforme deve, na verdade está errada porque não tá dando um jeitinho.
    sei que muitas pessoas deixariam passar essa ninharia, e na verdade eu acho que deveria, eu possivelmente faria como o senhor que ajudou o autor desconhecido.
    mas o cobrador não devia e não quis, e ele é o merda? ele é que leva moeda na cara e cuspe no pé?
    na verdade a merda do brasil é essa mania de achar que todo mundo tem que dar jeitinho, o cobrador, o guarda de trânsito que pegou seu carro irregular, a honestidade nesses casos é mesmo um pé no saco.

    olhando bem, a diferença entre o jeitinho brasileiro e a corrupção é só a pessoa que está sendo beneficiada. se for eu, é um jeitinho. se for o outro, ou se for contra mim, a história é outra...

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  2. coitado... são 15 centavos panaca, o cara ia descer por causa de 15 centavos, só um panaca pra ficar choramingando e com esssa conversa mole de micro corrupção e blá...

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  3. Anônimo6:59 AM

    eu acho que sr. anônimo é um estudante de direito do primeiro período e ainda está vivendo no mundo kantiano. vamos pensar num final ainda mais alternativo: imaginemos que o brasil fosse um país que valorizasse a educação, o professor não voltaria prá casa de ônibus e sim num carro confortável, nem precisaria ser luxouso, com um ar condicionadozinho já dava e não sairia de casa pra curtir uma night com apenas 12 reais na carteira. Hein? Não seria mais interessante esse final da história?! Sr. Anísio, repito que o senhor está perdendo tempo em não ler o Mestre e Margarida, conhecerás um soldado chamado Morte aos Ratos. Morte aos Ratos!!

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  4. Anônimo7:02 AM

    outra coisa, se todo cobrador fosse perder emprego com alguém que entra sem pagar, pulando pela janela ou surrupeando a borboleta, depois de um clássico entre sport x santa cruz não teria mais ninguém prá trabalhar nas linhas de ônibus. brasil-sil-sil!!

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  7. Anônimo8:25 AM

    aonde nossas crianças vão parar com educadores desta estirpe! garanto que esse educador deve fumar maconha também. Só jesus pode livrar o Brasil dessa decadência! Sou uma mãe de família e estou chocada com o nível dos professores, cada vez mais bestializados.

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  8. Não justifica a atitude... eu ficaria puto da vida também se fosse barrado... mas daí a cuspir e virar monga no coletivo porque o cara tá trabalhando e não está querendo pagar do bolso dele a birita a mais que o dito educador tomou...

    Parece que em 2110, os professores vão ter direito a teletransporte free para se locomover... é o que diz o site da cttu... cerca 150terminais de teletransporte estarão espalhados na região metropolitana...
    Pode ser a solução para o problema do colega...

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  9. Anônimo8:30 AM

    "cobrador fila da puta me jgou pela janela, cai de quatro com o caralho arregalado e uma véia muito escrota me mandou pro delegado. o delegado tinha cara de viado e me mandou tomar no cu, tomei no cu, mas tomei no cu errado, quando menos percebi era no cu do delegado."

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  10. cara senhora povorosa,
    tema mesmo, pois, em verdade somos muito piores do que a sra. pode imaginar. sim, nós os educadores, somos deformadores, e faremos sua filhinha passar pela nossa maquinaria bizarra...

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  11. Anônimo4:16 AM

    1. Professor, não vá pra balada de carro qd o salário digno vier... pegue um taxi.

    2. Professor, da próxima vez que faltar-lhe 15 cents, fale em voz alta para o ônibus e com certeza alguém manifestar-se-á.

    3. Jeitinho brasileiro é Patrimônio Cultural; micro-corrupção e corrupção passiva é outra coisa, é bom não confundir!

    4. Tudo na vida é passageiro... menos o cobrador e o motorista!!!

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  12. Anônimo2:22 AM

    Jeitinho como patrimônio... que piada! Corrupção - independente do nível - é corrupção! Para mim não existe diferença entre aquele que rouba uma galinha e aquele que desvia verba... são todos ladrões...

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  13. Anônimo11:20 AM

    (su)jeitinho como o do anônimo... que piada! Hipocrisia - independente do nível - é hipocrisia! Para mim não existe diferença entre aquele que escreve como uma galinha e aquele que desvia verbos... são todos babões...

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  14. Anônimo10:56 PM

    No mínimo o bobônimo já roubou e vem com essa de hipocrisia... foi divertido? Eu sou o careta né? hahaha

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